Ó Sagrada Face de Jesus, compadecei-vos de nós e do mundo inteiro!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!


Amado de Deus, reze comigo:


"Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, já sabe, SOCORRO!"


Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, Mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino.Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão. Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas,na Via Merulana.
A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones. Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido planejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assutado do menino, de cujo pé lhe caia sandália,e ainda, a comovente ternura do rosto da mãe.
O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela porta Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha pra o quadro, aludido no gesto à frase "Ele é o caminho".
Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel, na parte superior, de um lado e do outro Maria apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz o o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29).
Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se á mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé.
Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras "IC XC" são a abreviatura do nome Jesus Cristo e "MP OY" são abreviatura de "Mãe de Deus". As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.

ORAÇÃO

Ó Senhora do Perpétuo Socorro, mostrai-nos que sois verdadeiramente nossa Mãe obtendo-me o seguinte benefício (fazer o pedido), e a graça de usar dele para a glória de Deus e a salvação da minha alma.
"Socorrei-me ó Maria, noite e dia sem cesar; os doentes e os aflitos, vinde, vinde consolar! Vosso olhar a nós volvei, vosso filhos protegei! Ó Maria, ó Maria! vosso filhos socorrei!
Dai saúde ao corpo enfermo, dai coragem na aflição; sede a nossa doce estrela a brilhar na escuridão. Que tenhamos cada dia pão e paz em nosso lar; e de Deus a santa graça, vos pedimos neste altar. Convertei os pecadores, apra que voltem para Deus; dos transviados sede guina no caminho para os céus, nas angústias e receios, sede, ó Mãe, a nossa luz! Dai-nos sempre fé e confiança no amor do Bom Jesus!"

PAZ

Catequistas, fique por dentro dos conselhos do Papa Bento VI aos jovens!


Amado de Deus, bom início de semana para você!
Atrair os corações dos jovens, eis o desafio da Igreja...correr contra a maré!
Mesmo que você, amado de Deus, não esteja engajado em uma paróquia ministrando a catequese, seu compromisso com Jesus te obriga a ser catequista dos que te cercam, isto é, filhos, afilhados, sobrinhos, amigos, etc...
Então, vou postar hoje, porque acho de maior importância, os 10 conselhos do Papa Bento VI para a Juventude:


1.Conversar com Deus: Rezar, recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus.
2.Contar-lhe as tristezas e alegrias: Abir o coração a Deus. Dar-lhe o direito de nos falar. Apresentar-Lhe as minhas alegrias, as minhas tristezas e abrir-me à Sua graça.
3.Não desconfiar de Jesus: Ele nos dá a vida e vida em plenitude. Deixar Cristo entrar na minha vida. ele a faz livre, bela e grande. Ser amigo d'Ele como Ele é nosso.
4.Querer ser santo: Viver o seu batismo. Servir sem reservas a Cristo Jesus. Testemunhá-lo.
5.Deus: Deve ser o assunto com os amigos: São muitos os nossos companheiros que não conhecem o amor de Deus. Encher-se de Deus.
6.Não perder a Missa Dominical e participar da Eucstistia: Procurar compreender melhor o que seja a Missa, a Eucaristia. Redescobrir o Sacramento da Reconciliação, no qual a misericórdia de Deus permite sempre que a nossa vida recomece.
7.Demonstrar que Deus não é triste: Uma grande alegria não sepode guardar para si. É preciso transmiti-la.
8.Conhecer a fé. Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida: Conhecer melhor a pessoa, a mensagem, a obra, a pessoa de Jesus e transmiti-las aos outros. Conhecer o que é a Igreja e o que ela ensina.
9.Ajudar: Ser útil. Sair do egoismo, do individualismo, Preocupar-se com o outro. Ele precisa de mim e eu preciso dele. Estar à disposição do outro.
10.Ler a Bíblia: Ter um coração aberto e pronto a ESCUTAR. Ter mesmo intimidade com a Bíblia,ela é verdadeira bússola, indicando o caminho a seguir. A descoberta das Escrituras é a descoberta de Cristo.


Então, gostou?
Podemos chamar estes conselhos de "Kit Santidade" e não são tão duros assim...
Coragem, estamos juntos neste desafio, vamos levar nossos jovens ao encontro de Jesus para um mundo melhor...
Jesus conta com sua ajuda, ela é preciosa!
PAZ

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Origem da Festa de Corpus Christi


Amado de Deus, amanhã é a grande festa de "Corpus Christi" dedicada a Jesus Eucarístico.
Todos nós, que adoramos Jesus presente na hóstia consagrada, precisamos estar presente nesta grande festa, estando com Ele na Santa Missa.
Você já se informou o horário da missa em sua paróquia? Não vai deixar de prestigiar seu Amado Jesus, neste dia, como os pagãos, vai?
Consegue ficar tranquilo sabendo que Jesus olha para você e te espera? Sim, seu lugarzinho está separado para a festa...
Na verdade, a solenidade de Corpus Christi nasceu de um milagre acontecido na cidade de Bolsena , na Itália.
Foi instituído pelo Papa Urbano IV, após um milagre Eucarístico ocorrido durante a celebração da Santa Missa, especialmente com o Padre Pedro de Praga.

Padre Pedro de Praga estava vivendo uma grande tentação a respeito da Eucaristia, tinha dúvidas a respeito da presença real de Jesus na hóstia Santa. A igreja na época estava sendo fortemente atacada por uma heresia conhecida como "Cátaros", que negava a força dos sacramentos. 
Deus, na sua infinita Misericórdia, usou da fraqueza do Padre Pedro para for fim a esta questão.
Assim é que Padre Pedro, estando em peregrinação à cidade de Roma, justamente porque queria conhecer a verdade, passaou pela cidade de Bolsena e resolveu se hospedar ali. 
Na manhã seguinte , antes de seguir viagem , ele fez questão de celebrar a Eucaristia , apesar das suas dúvidas. Na noite anterior , antes de se deitar , pediu ardentemente ao Senhor que terminasse com aquelas dúvidas , pois desejava crer...somente crer...

[imagem3.jpg]
Enquanto o Padre Pedro de Praga celebrava a Missa , na hora da consagração , no momento em que ele levantou a hóstia já consagrada , ela começou a sangrar. O Sangue pingava no corporal - uma pequena peça de linho branco que se coloca sobre a toalha do altar , na qual repousa o cálice , a patena e as âmbulas durante a Missa. A quantidade de Sangue foi tão grande que transpassou o corporal , as toalhas e atingiu o altar que era de mármore , deixando ali as marcas.

Tentando socorrer a situação , no desespero , o Padre andou com a hóstia que sangrava na mão , pois nem sabia onde colocá-la. Com isso , algumas gotas de Sangue caíram no chão. Ainda hoje , naquela Igreja na cidade de Bolsena , existem as marcas de Sangue no chão de mármore.


Aquela Missa nunca terminou , porque o Padre não fez a consagração do vinho , e não prosseguiu a celebração , de tão atrapalhado que ficou.

Esse milagre foi uma grande resposta para aquele sacerdote. Foi o próprio Jesus dizendo que Ele está realmente presente na hóstia consagrada , com Seu Corpo e Sangue , pois gotas intensas do Seu Sangue saíram daquela hóstia.

Providencialmente , o Papa Urbano IV estava na cidade de Orvietto , não muito distante de Bolsena. Informado do que se passara , pediu a um bispo que fosse para lá verificar o que havia acontecido e lhe trazer o resultado. O Papa estava sendo cauteloso diante de todas as heresias que estavam acontecendo naquela época.

Outro fato pouco conhecido é que uma monja agostiniana , Juliana de Cornillon , recebeu diversas revelações de Jesus , que lhe pediu que levasse esses apelos à Igreja , na pessoa do Papa. Um dos apelos era que , após o domingo de Pentecostes , em uma quinta feira , se celebrasse a festa da Eucaristia , a Solenidade de Corpus Christi.

O Papa recebeu o anúncio daquelas revelações , levando-as muito a sério , porém as guardou no coração. Se ele simplesmente instituísse a Solenidade de Corpus Christi , como Jesus estava pedindo , estaria praticamente aprovando aquelas revelações como sendo corretas , por isso agiu com prudência , mas pediu ao Senhor que lhe mostrasse a verdade.

Instituindo a Solenidade de Corpus Christi , ele estaria indo contra toda a heresia dos cátaros. Seria a resposta da Igreja , afirmando a presença de Jesus na Eucaristia , com seu Corpo , Sangue , Alma e Divindade. Mas o Papa precisava de muita prudência e sabedoria.

O bispo foi a Bolsena e já estava voltando. Mas o Papa não resistiu e foi ao seu encontro. Saiu de Orvietto e , na metade do caminho , numa ponte chamada "Ponte do Sol" , os dois se encontraram. O Papa desceu de sua carruagem e foi em direção ao bispo que trazia , devotamente , nas suas mãos , o corporal ensangüentado. Quando o bispo abriu o corporal , o Papa caiu de joelhos no chão , proclamando:
Corpus Christi ! o Corpo de Cristo !

Como o Papa havia pedido , a resposta veio do Céu. Portanto , a Solenidade de Corpus Christi não é simplesmente uma festa que a Igreja instituiu para celebrar a Eucaristia. Foi uma resposta do Céu diante das heresias que estavam atingindo a Igreja. A dúvida naquele Padre estava sendo respondida , mas também foi uma resposta às orações do Papa. Uma resposta do Céu para toda a Igreja.

Quando o Papa Urbano IV disse: Corpus Christi , ele estava fazendo a sua profissão de fé diante daquele milagre Eucarístico. Era como se dissesse: "Este é o Corpo de Cristo presnte na hóstia consagrada , e aqui está a prova. Creio na presença real de Jesus na Eucaristia. Creio que aqui está o Corpo de Cristo".

O Papa voltou para sua casa , levando aquele corporal e colocou-o numa Igreja em Orvietto. Instituiu então , na data em que Jesus havia pedido , através daquelas revelações , na quinta-feira após o segundo domingo de Pentecostes , a Solenidade de Corpus Christi.

Como nas Solenidades da Igreja sempre se tem um ofício especial , foram chamados pela Papa , para compor o Ofício da festa , Tomás de Aquino , dominicano e Frei Boaventura , franciscano.

Antes de chegar a festa , os dois sacerdotes se apresentaram diante do Papa para a leitura do ofício que haviam escrito. Frei Boaventura , o fransiscano , humildemente pediu ao Papa que Tomás de Aquino fosse o primeiro a ler o seu trabalho. Enquanto Tómas ia lendo , com ênfase e beleza o ofício que havia composto , Boaventura ouvia , se encantava , e rasgava tudo aquilo que havia escrito. Quando Tomás de Aquino acabou de ler o ofício divino , que havia composto , já não havia mais nada do ofício de Boaventura.

Quando o Papa pediu a Boaventura que então lesse o seu trabalho , ele mostrou-lhe tudo rasgado. A pobreza de Boaventura era fransicana. Ele percebeu que todo seu esforço era pequeno para expressar a beleza e o mistério da Eucaristia , por isso rasgou seus escritos. Por causa disso , hoje , na festa de Corpus Christi temos o ofício escrito por Santo Tómas de Aquino. E tudo partiu da dúvida de fé na presença real de Jesus na Eucaristia , naquele sacerdote atingido pela heresia dos cátaros , mas que buscava a verdade: o Padre Pedro de Praga. Bolsena e Orvietto guardam ainda hoje esses preciosos sinais.
E nós, amado de Deus, somos convidados a participar desta maravilhosa afirmação, em adoração:
"Eis o Corpo de Cristo! Eis meu Jesus que o mundo tanto despreza e que meu coração tanto adora! Estou aqui, Jesus, porque creio que estás presente na Eucaristia e venho hoje, juntamente com toda a Igreja, para te adorar e, como Tomé, para prostrar aos Teus pés Santos e dizer: Meu Senhor e meu Deus!Amém!"

domingo, 19 de junho de 2011

Santíssima Trindade presente na encarnação!

Olá irmão! 

Graça e paz na fé em Deus Pai que nos deu o seu Filho e  nosso Senhor Jesus Cristo que, pela ação do Espírito Santo  fez com que viesse me visitar hoje!
Por isto agradeço imensamente a ação da Santíssima Trindade neste momento! Agradeço pelo dom de sua vida, porque você é tão importante que Deus deseja imensamente a sua salvação!
Como festa da Santíssima Trindade, embora tenha explicado um pouquinho sobre este mistério, agora quero mostrar a sua presença forte no dia da Anunciação do Anjo a Virgem Maria (Luc
Porque é certo que ao falarmos da Trindade, logo lembramos de Maria que sempre manteve uma intima comunhão com as três pessoas da Santíssima Trindade.
Sendo assim, na anunciação vemos a presença forte de Maria que nos leva até a Trindade Santa. No mistério da Anunciação, vemos a presença marcante da Trindade.
Presença do Pai:
No momento da anunciação, é o Pai, que através do anjo, revela e convida a Maria a aceitar o Seu plano divino. O anjo, ainda, de maneira linda, nos ensina o "apelido" com que o Pai chama Maria: "ave, cheia de graça!" 
O Pai, assim, nos convida também, pela boca do Arcanjo Gabriel, a participar da intimidade com Maria, intimidade esta que Ele já participava, tanto que para Ela o Pai designou um carinhoso apelido..."Cheia de graça!" é assim que Maria é chamada no céu e, na anunciação se nos é revelado este segredo.
Então agora já sabe, irmão, foi o Pai, a primeira pessoa da Santíssima Trindade, quem nos ensinou a chamar Maria de "a Cheia de Graça!
Presença do Filho:
O Filho é colocado no seio de Maria. Encarnação. O verbo se faz carne no ventre da Cheia de Graça!
Presença do Espirito Santo:
O amor do Pai que se materializa na ação do Espírito Santo, fazendo-se homem para "falar a nossa língua"!
O amor do Pai que envolve Maria, que, pelo seu SIM, inicia o plano da nossa salvação.
Assim, amado de Deus, na Anunciação nós podemos contemplar a maravilhosa ação da Trindade, em perfeita comunhão de planos e ideais e a presença linda de Maria aceitando e acreditando neste plano, tornando-se, assim, co-participante da nossa salvação!
Na sua vida também, querido irmão, a Trindade está presente em todas as vezes que Jesus é fecundado em seu coração...o anjo que anunciou a Maria foi Gabriel, mas eu garanto que na minha vida e na sua vida, o Pai já enviou tantos mensageiros do seu amor...na sua vida, na minha vida, a Santíssima Trindade trabalhou em perfeita comunhão para te revelar o Seu plano salvífico e, quantas foram as oportunidades que esperaram o seu SIM? 
Qual é a sua resposta hoje?
Garanto, o céu inteirinho espera o seu SIM. Está do seu lado. Luta com você.
Assim como no dia da Anunciação o Pai te revela o Filho e o Espírito quer te cobrir com a Sua sombra e te fazer fecundar Jesus para o mundo...aceita?
Feche seus olhos por um minutinho e chame Maria, por várias vezes, lentamente, pelo seu apelido celeste...diga..."Ave, cheia de graça!" e experimente o milagre que acontecerá em seu coração. Eu te garanto, já vivi isto e vivo sempre!
Bom final de domingo!
PAZ

Festa da Santíssima Trindade!



Amado de Deus, espero que esteja vivendo um Santo Domingo!

A Festa da Santíssima Trindade celebra o grande mistério da fé católica, Trindade Divina, una na substâncias e três nas pessoas. É celebrada no primeiro domingo depois de Pentecostes. A festa foi instituída por Estevão Bispo de Liege no século VIII. No século XII o Papa Alexandre III reprovou a celebração, por fim acabou sendo reconhecida definitivamente no século XIV pelo Papa João XXII.
O Mistério da Santíssima Trindade é algo que a inteligência humana não consegue compreender por si só. É o mistério da fé por excelência.
Encontramos as suas raízes bíblicas ja no Antigo Testamento em Dt 6,4:
“…Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é UM SÓ!…”
Também encontramos outro versículo bíblico que narra essa afirmação:
“…Eu sou o Senhor e não há outro, fora de mim não existe Deus…” (Is 45,5)
Ou seja, dizendo existir apenas um único Deus, e Ele sendo um só e que fora Dele não havia outro,  o Senhor já estava nos indicando que existia ali algo a mais. Esse algo a mais só viríamos a saber no Novo Testamento, quando Jesus afirmou:
“… Fazei discípulos meus em todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo…” (Mt 28,19)
Também lemos o que São Paulo disse:
“…A graça do Senhor Jesus Cristo, a caridade de Deus e a Comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós…” (2 Cor 13,13)
Por fim temos o que nos ensina São João:
“Quando vier o paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim e vós também testemunhareis por que desde o princípio estás comigo” (Jo 15,26)
Sendo assim, o mistério da Santíssima Trindade tem embasamento bíblico e podemos e devemos manter relacionamento com as três pessoas da Santíssima Trindade, o Pai, que nos criou, Jesus que nos salvou e o Espírito Santo que nos santifica.
Há bastante tempo o Espírito Santo cantou em mim e nasceu algumas canções, sendo uma especialmente para a Santíssima Trindade. Vou postar a letra, porque demonstra toda a minha ação de graças por crer neste maravilhoso mistério, sem sombras de dúvida:
Santíssima Trindade
Refrão:
Santíssima Trindade, Deus uno e trino e verdadeiro
Vem habita em mim, e enche todo o meu ser
1.
Deus Pai vida, é o nosso Criador,
Deus Filho Sabedoria, Deus que habitou entre nós,
Espírito Santo, Amor Divino, Deus que habita em mim!
2.
Deus Pai, Senhor Javé, que me deu o sopro de vida,
Deus Filho, Jesus Cristo, que por mim deu sua vida,
Espírito Santo, amor de Deus, luz que conduz a minha vida!
3.
Deus Pai, Criador, Fidelidade e Justiça!
Deus Filho, Messias, Caminho, Verdade e Vida,
Espírito Santo, Paráclito, promessa então cumprida!
Esta letra, ainda, é bom material para encontro de catequese, especificamente, para explicar a função de cada pessoa da Santíssima Trindade, pois as três pessoas, embora únicas, têm funções diferentes.
Para exemplo temos a vela.

Quando olhamos para esta imagem nossa inteligência a identifica como uma vela, portanto, um único objeto.
Embora um único objeto a vela é formada por três substâncias diferentes:
Parafina ou cera que é o seu suporte. O Pavil que indica a sua condição de vela. E a chama que realiza a sua função. A vela não tem sentido se não  for para iluminar. A chama é quem ilumina, sustentada pelo pavil e a parafina.
O Pavil, se consome, dá sua vida, para que a vela atinja o seu objetivo que e iluminar. Assim também a parafina.
Apesar de cada um ter sua função específica, a vela tem apenas um único objetivo que é iluminar.
Então,
A parafina = Deus Pai = Dá a vida, suporte do sopro de vida.
O pavil = Jesus = Consumiu sua vida para nos salvar.
A chama = Espírito Santo = É a ajuda para que possamos cumprir a missão que o Pai designou para cada um de nós.
A parafina sozinha não é vela. Assim como não é o pavil e a chama.
Assim também cada pessoa da Santíssima Trindade tem uma função específica, mas todos tem o único objetivo de salvar almas!
Espero que tenha ficado claro para você, amado de Deus, e que a partir de hoje possa ter uma íntima relação com cada pessoa da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
PAZ




sexta-feira, 17 de junho de 2011

O que é Pecado Mortal?



Olá, que bom estarmos juntos!
Estou feliz por clicar aqui, temos muito que conversar!
Dado seguimento ao apelo do Espírito Santo sobre a necessidade da confissão frequente para nossa santificação, hoje vou postar outro artigo de Santo Afonso Maria de Ligório sobre o pecado mortal.
Quer ser livre?
O pecado nos escraviza...precisamos conhecer o que nos escraviza.
Neste mundo onde o pecado perdeu o sentido, onde tudo parece ser permitido em nome da felicidade, nós cristãos temos o desafio de mostrar qual é a verdadeira liberdade!
Ontem, no meu grupo de oração, uma amiga querida, uma linda mulher de Deus, trouxe para nós um testemunho que tocou o coração de todos.
Passando por sérios problemas pessoais, ela se viu totalmente desesperada. Temendo fazer uma loucura, pensou, preciso me confessar hoje.
Entretanto, como era segunda-feira, a dificuldade de se encontrar um padre para atender era muito grande. Então ela lembrou de procurar um sacerdote da Òpus Dei, que atende toda segunda e quarta com hora marcada, aliás, este sacerdote é também o meu diretor espiritual.
Como não tinha marcado hora, arriscou ir até a obra, na esperança do Padre atendê-la depois de ouvir a confissão de todas.
Mas, por providência de Deus, quando ela chegou, a pessoa que tinha marcado hora não apareceu, ela foi imediatamente atendida.
Desde já sentiu-se imensamente amada por Deus e, ainda, percebeu o quanto é precioso o Sacramento da Confissão para nossa santificação.
Diante do sacerdote, pode abrir o seu coração, como que despejando mesmo, aos pés de Jesus toda a sua dor. Chorou, queixou-se, suplicou ajuda.
O Padre pacientemente a ouviu em silêncio (como ele sempre faz comigo também) e depois como que por um milagre, foi aconselhando-a a ser livre!
Mas o que é isto? Ela sofrendo tanto e o padre tem a ousadia de dizer que ela precisa ser livre?
Sim, queridos irmãos, ser livre do seu amor próprio, do seu sofrimento, sabendo que tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus, abandonar-se na Providência, entregando tudo a Deus, com orações e suplicas e, ainda, ação de graças exatamente pela oportunidade de sofrer para salvar-se. Indicou um livro sobre a virtude da Paciência, tão necessária para nós, cristãos, que vivemos provações pela fé.
A virtude da paciência na verdade, diz respeito a espera do auxilio divino no momento oportuno, que nem sempre é o que eu espero e desejo.
Deus sabe o momento certo de intervir em nossa vida, a virtude da paciência, enfim, nos ajuda a saber esperar com alegria este momento.
Ensinou-a o livro que todas as vezes que  sentir o desespero tomar conta do seu coração, afastar-se e procurar silêncio e rezar pausadamente, sentindo cada palavra, a oração do Pai Nosso. Deus se encarregará de trazer de volta a paz e a alegria ao seu coração!
Ela experimentou e aprovou!
Para completar, Deus nos falou em Filipenses 4, 4-7 : "Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos! Que a vossa moderação se torne conhecida de todos os homens. O Senhor está próximo! Não vos inquietes com nada; mas apresentei a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus."
Foi o que ela viveu, literalmente!
E você, quer experimentar esta paz através do fruto do perdão recebido no Sacramento da Confissão?
Vamos lá, coragem!
Aprenda com Santo Afonso!
PAZ

Pecado Mortal

Por Santo Afonso Maria de Ligório



1. Considera como, tendo sido criado por Deus para amá-Lo, com infernal ingratidão te rebelaste contra Ele, tratando-O como inimigo, desprezando sua graça e amizade.Tu sabias que com aquele pecado Lhe causavas amaríssimo desgosto, e não obstante cometeste-O.Como procede quem peca? Volta a Deus as costas; deixa de O respeitar, levanta a mão para O ferir, e tortura seu divino coração.O homem, quando peca, diz a Deus com as suas obras: Afasta-Te de mim, não Te quero obedecer, nem servir, nem reconhecer por meu Senhor, nem ter por meu Deus.O meu Deus é o prazer, o interesse, a vingança.

Tal foi a linguagem do teu coração, quando preferiste a Deus a criatura.Santa Maria Madalena de Pazzi não podia acreditar que um cristão foste capaz de cometer um pecado mortal com plena advertência.E tu, querido leitor, que dizes!Quantos pecados não tens cometidos já!Perdoa-me, meu Deus, e tende piedade de mim.Eu Vos ofendi, ó Bondade infinita.Detesto os meus pecados, amo-Vos, e arrependo-me de ter caído na torpeza de Vos injuriar, ó meu Deus, digno de infinito amor.
2. Considera como Deus te falava, quando pecavas: Meu filho, eu Sou o teu Deus, que te criei do nada, e remi com o meu sangue: Eu proíbo-te sob pena de incorreres no meu desagrado, que cometas este pecado.Mas tu, pecando, dizias a Deus: Senhor, eu não quero obedecer-Te, quero satisfazer meus apetites, e é me indiferente desagradar-Te, perder a Tua graça.Eis aqui, ó meu Deus, o que eu tenho feito tantas vezes.Como tendes podido sofrer-me?Oxalá eu tivesse morrido antes de Vos ter ofendido.De agora em diante não quero desgostar-Vos mais.Quero amar-Vos, ó Bondade infinita! Dai-me a perseverança, dai-me o Vosso santo Amor.

3. Considera que, quando os pecados chegam a um certo e determinado número, Deus abandona o pecador.Por isso, se te vires tentando a pecar de novo, ó meu irmão, não digas: Confessar-me-ei depois; porque, se Deus te fizer morrer então repentinamente, se Deus te abandonar, é fora de dúvida que não te confessaras; e em tal caso, que será de ti por toda a eternidade!Eis o motivo porque tantos homens se tem condenado.Estes também esperavam o perdão; mas a morte surpreendeu-os, e perderam-se.Teme que te sobrevenha a mesma calamidade, porque não merece misericórdia quem se serve da bondade de Deus para O ofender.

Depois de tantos pecados que Deus te tem perdoado, deves com razão temer que não te perdoe mais, se reincidires no caminho do mal.Dai-Lhe graças por haver te esperado até agora, e faze neste momento o propósito firme de sofrer antes a morte que cometer outro pecado mortal, dizendo sinceramente: já bastam, Senhor, as ofensas que Vós tem feito; a vida que me resta não a quero eu empregar em ofender-Vos, a Vós que O não mereceis.Quero empregá-la só em amar-Vos e em chorar as ofensas que vos tenho feito.Arrependo-me, meu Jesus, de todo o meu coração; quero amar-Vos; dai-me forças para Vos amar.Maria, minha Mãe, auxiliai-me.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sintonia do Espírito Santo!

Querido irmão, Deus seja louvado pelo dom de sua vida!
Segunda feira, dia de Santo Antonio, postei um milagre que alcancei com a intercessão deste Santo, relativo a dificuldade de se entregar no Sacramento da Confissão.
Mas o Espírito Santo é um e, no mesmo dia, recebi por email este artigo sobre a necessidade de confissão frequente, escrito por nada mais, nada menos, que Santo Afonso Maria de Ligório...demais!
Que sintonia, que maravilha!!!!
Percebi que era o desejo de Nosso Senhor que me empenhasse neste assunto...o Espírito Santo me moveu para isto...senti muito forte a importância de se buscar a confissão mensal, pelo menos, ficou muito claro para mim que o inimigo de Deus procura nos desviar desta graça...até mesmo nos convencendo de que "não temos tanto pecado assim!"
Mas, o fato é que a minha própria experiência me ajuda a ser convincente desta graça, porque eu mesma busco a confissão frequente.
Tenho um testemunho super legal sobre isto.
Uma irmã de fé que estava enfrentando sério problema no seu casamento, chegou até se separar do marido por 04 meses e depois retornou ao lar, mas com muita dificuldade de relacionamento. 
Em vista desta dificuldade passou a procurar com frequência a confissão, principalmente todas as vezes que ela sentia raiva do marido, ou arrependimento por ter se casado.
Sempre o mesmo Sacerdote. Chegou a ir mais de uma vez por semana...chegava no padre e dizia:"Padre, peço perdão por sentir raiva do meu marido e ter me arrependido do meu matrimônio."
E assim foi, amado de Deus, meses a fio...
Até que o Nosso Senhor foi curando o seu coração ferido e ela conseguiu liberar um perdão incondicional e, mais ainda, Nosso Senhor resgatou o amor inicial que a levou a se casar, voltou a amar, a admirar o marido com antes...apesar de tantas decepções enfrentadas, Jesus, com a graça da confissão frequente e comunhão diária, curou e restaurou o seu coração e o seu casamento.
Hoje ela vive muito bem com o marido. Aprendeu a aceitar os defeitos dos quais ela tinha ódio, hoje ela aceita como um limite dele, e reza. Não reclama, não sente ódio. Reze e sente misericórdia!
Isto não te anima?
Não é maravilhoso?
Sei que é longo o artigo de Santo Afonso, mas vale a pena ler...faça um esforço...copie e salve...imprima, leia aos poucos, mas não deixe de ler, será uma grande riqueza para você!
PAZ! 

Sobre a Confissão freqüente


Por
Santo Afonso Maria de Ligório




"A verdadeira dor não está em senti-la mas em querê-la
Todo o mérito das virtudes está na vontade!"
 

"Não falamos aqui das confissões das pessoas incursas em pecados mortais. Entretanto não deixaremos de dar muitos avisos concernentes às ocasiões próximas e às confissões sacrílegas. Mas queremos falar principalmente das confissões das almas timoratas, que amam a perfeição e procuram purificar-se cada vez mais das manchas dos pecados veniais.

UTILIDADE DA CONFISSÃO FREQÜENTE

Refere Cesário que um santo sacerdote mandou da parte de Deus a um demônio que lhe tinha aparecido, lhe dissesse o que mais o maltratava; e oinimigo lhe respondeu que nada o contrariava nem o desgostava tanto, como a confissão freqüente. - Mas ouçamos o que Jesus Cristo disse a Sta. Brígida: "Aquele que quer conservar o fervor, deve purificar-se freqüentemente com a confissão na qual se acuse de todos os seus defeitos e negligências em servir-me." - Cassiano ensina que a alma que aspira à perfeição, deve cuidar de ter uma grande pureza de consciência, porque assim é que se adquire o perfeito amor de Deus, que não se dá senão às almas puras; de sorte que o divino amor corresponde à pureza do coração.

- É preciso, porém entender que nos homens, segundo o estado presente, esta pureza não consiste em uma isenção absoluta de toda a falta; porque, exceto nosso divino Salvador e sua divina Mãe, não houve nem haverá no mundo nenhuma alma sem suas manchas. Todos nós nascemos em pecado e caímos em muitas faltas, diz S. Tiago.

- Consiste em duas coisas, que são velar atentamente para que não entre no coração nenhuma falta deliberada, por leve que seja, e ter cuidado de purificar-se imediatamente de qualquer falta que nele possa ter entrado.

- Estes são justamente os dois bons efeitos que produz a confissão freqüente.

Primeiramente, pela confissão freqüente, uma pessoa se purifica das manchas contraídas. - A este propósito, narra S. João Clímaco que um jovem, desejando corrigir-se da má vida, que levava no século, foi-se fazer religioso em certo mosteiro. Antes de recebê-lo, o abade quis prová-lo; e lhe disse que, se queria ser admitido, fosse confessar em público todos os seus pecados. Deveras resolvido a se entregar inteiramente a Deus, o jovem obedeceu; mas, enquanto expunha suas faltas diante da comunidade, um santo religioso que fazia parte desta, viu um homem de aspecto venerando, que a medida que o moço ia declarando seus pecados, os apagava de um papel que tinha na mão, onde estavam escritos; de sorte que, acabada a confissão, todos estavam apagados.

O que, neste caso, aconteceu visivelmente, sucede invisivelmente toda a vez que um se confessa com as devidas disposições.

A confissão, porém, além de purificar a alma de suas máculas, dá-lhe também força para não recair. - Segundo o doutor angélico, a virtude da penitência faz que a falta cometida seja destruída e também que não volte mais.

- A tal propósito S.Bernardo refere um fato da vida de S. Malaquias.Uma mulher tinha o hábito de se impacientar e de se irritar a tal ponto que se tornara insuportávelS. Malaquias, ouvindo dela mesma que nunca se houvera confessado de tais impaciênciasexcitou-a a fazer uma confissão exata dessas faltasDepois disto, tornou-se tão paciente e tão branda, que parecia incapaz de se enfadar por qualquer trabalho ou mau trato que a importunasse.É por isso que muitos santos, para adquirirem a pureza de consciência, costumavam confessar-se todos os dias. Assim praticavam Sta. Catarina de Senna, Sta. Brígida, a Beata Collecta, e também S.Carlos Borromeo, Sto. Inácio de Loiola e muitos outros. S. Francisco de Borgianão se contentava com uma só vez, confessava-se duas vezes por dia.

Se os homens do mundo tem horror de aparecer com uma mancha no rosto diante de seus amigosque se há de estranhar que as almas amigas de Deus procurem purificar-se cada vez mais, para se tornarem cada vez mais agradáveis aos olhos de Nosso Senhor.- De resto, não pretendemos aqui obrigar as religiosas que freqüentam a comunhão, a confessar-se toda a vez que comungam. Entretanto é conveniente que se confessem duas vezes ou ao menos uma vez por semana, e além disso quando houverem cometido alguma culpa com advertência.

DO EXAME, DA DOR OU CONTRIÇÃO E DO BOM PROPÓSITO

- Sabe-se que, para fazer uma boa confissão, três coisas se requeremO exame de consciênciaa dor de ter pecado, e o propósito de se corrigir.

1. Quanto ao exame, aos que freqüentam os sacramentos, não é necessário que quebrem a cabeça em indagar todos os pormenores das faltas veniais. É preferível que se apliquem mais a descobrir as causas e raízes de seus apegos e de suas negligências.Digo isto para as religiosas que vão se confessar, com a cabeça cheia de coisas ouvidas na grade, e não fazem outra coisa que repetir, de cada vez, a recitação das mesmas faltas, como uma cantilena, sem arrependimento e sem propósito de emenda.Para as almas espirituais, que se confessam amiúde e tem cuidado de evitar os pecados veniais deliberados, o exame não exige muito tempo; pois não têm necessidade de indagar sobre as faltas graves, porque se a sua consciência estivesse sobrecarregada de um só pecado mortal, este se daria logo a conhecer por si mesmo. Quanto aos pecados veniais, se fosse plenamente voluntários, se manifestariam também de um modo sensível de pena que causariam; aliás não há obrigação de confessar todas as faltas leves que se tem na consciência, e por conseguinte também não há obrigação de fazer um exame exato e menos ainda de escrutar o número e circunstâncias, ou se recordar como e porque se cometeram.Basta declarar as faltas leves que pesam mais e são mais opostas a perfeição, e acusar as outras em termos gerais.

Quando não há matéria certa depois da confissão última, diga-se algum pecado da vida passada, de que se tenha mais dor, por exemplo: Eu me acuso especialmente de todas as culpas cometidas no passado contra a caridade, a pureza ou a obediência.

- É bastante consolador o que sobre este ponto escreve S. Francisco de Sales: "Não vos inquieteis, se não vos lembrardes de todas as vossas faltinhas para confessá-las; porque assim como muitas vezes cais sem advertência, assim também muitas vezes vos levantareis sem percebê-lo; a saber, pelos atos de amor ou outros atos bons que as almas devotas soem fazer".

2. É necessária, em segundo lugar, a dor ou contrição, e é o que se requer principalmente para obter a remissão dos pecados. As confissões mais longas não são as melhores, mas as em que há mais dor. O sinal de uma boa confissão, diz S. Gregório, não se acha no grande número de palavras do penitente, mas no arrependimento que demonstra.

- De resto, as religiosas que se confessam amiúde e tem horror até as culpas veniais, desfazem as dúvidas se tem ou não verdadeira contrição. Quereriam, cada vez que se confessam, ter lágrimas de enternecimento; e como apesar dos seus esforços e de toda a violência que fazem, não podem tê-las, estão sempre inquietas sobre suas confissões. É preciso que se persuadam que a verdadeira dor não está em senti-la mas em querê-la. Todo o mérito das virtudes está na vontade. É por isso que Gerson, falando da fé, assegura que aquele que quer crer, algumas vezes tem mais mérito do que aquele que crê.

- Mas S. Tomás ensinou a mesma coisa antes dele, falando precisamente da contrição. Diz ele que a dor essencial, necessária para a confissão, é a detestação do pecado cometido, e que esta dor não está na parte sensitiva, mas na vontade; visto que a dor sensível é um efeito do desprazer da vontade o que nem sempre está em nosso poder, porque a parte inferior nem sempre segue a parte superior.

Assim, pois, toda a vez que, na vontade, a displicência da culpa cometida é acima de todos os males, a confissão é boa.

Abstende-vos, portanto, de fazer esforços para sentir a dor. - Falando dos atos internos, sabei que os melhores são os que se fazem com menor violência e maior suavidade, visto que o Espírito Santo ordena tudo com doçura e tranqüilidade.

Pelo que, o santo rei Ezequias, falando do arrependimento que tinha de seus pecados, dizia sentir deles dor muito amarga mas em paz.

Quando quiserdes receber a absolvição, fazei assim: No aparelhar-vos para a confissão, começai por pedir a Jesus Cristo e a Virgem das Dores uma verdadeira dor de vossos pecados; em seguida fazei brevemente o exame, como acima dissemos; e depois, para a contrição, basta que façais um ato como este: "Meu Deus, eu vos amo acima de todas as coisas; espero, pelos merecimentos do sangue de Jesus Cristo, o perdão de todos os meus pecados, dos quais me arrependo de todo o coração, por ter ofendido e desgostado a vossa infinita bondade, e os aborreço mais do que todos os males; e uno este meu aborrecimento ao aborrecimento que deles teve o meu Jesus no horto de Getsêmani. Proponho não vos ofender mais, com a vossa graça".Uma vez que tenhais querido pronunciar este ato com sinceridade, ide tranqüilamente receber a absolvição, sem temor e sem escrúpulo. - Sta. Teresa para tirar as angústias a este respeito, dava um outro bom sinal de contrição: "Vede, dizia ela, se tendes um verdadeiro propósito de não cometer mais os pecados que ides confessar. Se tendes este propósito, não duvideis de ter também a verdadeira dor".

3. É necessário enfim o bom propósito. O propósito exigido para a confissão, para ser bom, deve ser firme, universal e eficaz.Primeiramente,deve ser firme. Há alguns que dizem: eu não quereria cometer mais este pecado; eu não quereria mais ofender a Deus. - Mas ai! este eu quereria denota que o propósito não é firme. Para que o seja, é necessário dizer com vontade resoluta: Não quero mais ofender a Deus deliberadamente.Em segundo lugar, deve ser universal, isto é, deve o penitente propor-se a evitar todos os pecados sem exceção. Isto, porém, só se entende dos pecados mortais.

Quanto aos pecados veniais, basta, para o valor do sacramento, que o arrependimento e o propósito recaiam sobre uma só espécie de pecado; masas pessoas mais espirituais devem propor se evitar todos os pecados veniais deliberados; e quanto aos indeliberados, visto que é impossível evitá-los todos, basta que se proponham fazê-lo quanto for possível.Em terceiro lugar, deve ser eficaz, isto é, capaz de determinar o penitente a empregar os meios necessários para não cometer mais as faltas de que se acusa, e especialmente a fugir das ocasiões próximas de recair. Por ocasião próxima se entende aquela em que a pessoa caiu muitas vezes em pecados graves, ou, sem justa causa, induziu outros a caírem.Neste caso não basta propor-se somente evitar o pecado, mas é necessário também propor tirar a ocasião, aliás as suas confissões serão todas nulas, embora receba mil absolvições;pois não querer remover a ocasião próxima de pecado grave já é por si culpa grave. E assim como temos demonstrado na nossa obra de teologia moral, quem recebe a absolvição sem o propósito de tirar a ocasião próxima, comete um novo pecado mortal de sacrilégio."

(Santo Afonso Maria de Ligório - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo)