Ó Sagrada Face de Jesus, compadecei-vos de nós e do mundo inteiro!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012


 
MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2012
“Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb. 10, 24)

 Irmãos e irmãs!
 A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: O AMOR. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal. Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus : “Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo-sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor  “com um coração sincero, com a plena segurança da  fé “ (v. 22), de conservarmos firmemente “a profissão da nossa esperança “ (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, “amor e as boas obras” (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre atual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.
1. “Prestemos atenção”: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a “prestar atenção”: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a “observar” as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf.Lc  12, 24), e a “dar-se conta” da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus , quando convida a “considerar Jesus” (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo-sacerdote da nossa fé.Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro,a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela “esfera privada”. Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o “guarda” dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o fato de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo atual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio,66).A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos:físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal,sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é “bom e faz o bem” (Sal  119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença,«passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf.Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf.Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de “prestar atenção”, de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o ante por a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de “ter misericórdia” por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: “O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende” ( Prov  29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança “dos que choram” (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança. O fato de “prestar atenção” ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em vista a salvação eterna.
De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: “Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber” (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de “corrigir os que erram”. É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: “Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado” (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que “sete vezes cai o justo” ( Prov 24, 16) – diz a Escritura– , e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf.1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais retamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf.Lc 22,61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.
2. “Uns aos outros”: o dom da reciprocidade.
O fato de sermos o “guarda” dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que “leva à paz e à edificação mútua”(Rm 14, 19), favorecendo o “próximo no bem, em ordem à construção da comunidade” (Rm 15, 2),sem buscar “o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos” (1 Cor 10,33). Esta recíproca correção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida,a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal;tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» ( 1 Cor 12, 25)–afirma São Paulo –  porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente coma oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e onipotente, continua a realizar nos seus filhos.Quando um cristão vislumbra no outro a ação do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e darglória ao Pai celeste (cf.Mt 5, 16).
3. “Para nos estimularmos ao amor e às boas obras”: caminhar juntos na santidade.
Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 - 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem o caso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf.Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos recíprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de«pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf.Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que,na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre atual,para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte ,31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf .Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.
BENEDICTUS PP. XVI

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quero viver num lar cristão!


Amado de Deus, bom estarmos juntos novamente!
Muito obrigada pela visita e passe para frente o que de bom você conseguir assimilar neste espacinho de Deus!
Seguindo o pensamento do post anterior, isto é, pretendendo ser imitadores de Maria, resolvi hoje esclarecer a postura de um lar cristão.
Como vamos indicar para as pessoas que nos cercam, que por vezes nos visitam e a nossa casa, que nosso lar é um lar cristão?
Vejamos o que nos ensina o Padre Geraldo Pires de Souza sobre as práticas de uma Família Católica, de um lar cristão:



A casa de família - deve ser benzida e nela entronizado o quadro do Sagrado Coração de Jesus. Está escrito que ricas bênçãos Deus derramará sobre a casa e seus habitantes, sempre que isso se der. Pelos quartos, à cabeceira das camas, haverá um quadro de santo, um Crucificado. Aqui te dou o conselho de procurares antes poucos, mas belos quadros ou imagens, do que muitos e feios.

No horário da casa - haverá tempo marcado para as orações da manhã e da noite. Que belo costume esse de se unir a família perante o oratório da família e aí rezar pelos presentes e ausentes!

Nos dias da semana - o domingo tem lugar de honra. É dia sagrado, dedicado primeiro à oração e à Missa e somente depois aos divertimentos inocentes. É também dia respeitado, até nos trajes festivos da família. O mesmo se dá com os dias de festa religiosa. No aniversário dos batizados, das primeiras comunhões, a família faz questão de agradecer a Deus as graças que esses dias trouxeram.

As devoções da família - Se o pai já trouxe algumas de seu tempo de moço, ou se na tua mocidade praticava algumas, continua com elas na casa. Sobretudo a devoção a Nossa Senhora não pode faltar, em caso algum. Pois é garantia de salvação eterna e fonte de muita bênção material. Mas, não o esqueças nunca, a primeira devoção cristã é a Santa Eucaristia. Amor a nosso Senhor Sacramentado - pela assistência à Santa Missa - deve ser precioso patrimônio de todo lar cristão.

Fidelidade á fé - A cristã a recebeu dos pais e deve deixá-la aos filhos. Do contrário, os privaria da herança mais preciosa na vida. Tudo farás, leitora, para conservá-la em ti e nos teus. Para isso é preciso praticar a oração... fugir dos livros maus e procurar os bons. Sobretudo é necessário viver de acordo com aquilo que se crê. Combaterás energicamente as superstições que tanto prejudicam a fé e ofendem a Deus. Se algum dos teus se afastar da fé, não descanses nas tuas orações e sacrifícios para convertê-lo. Cedo ou tarde o conseguirás...

Trecho do livro: As três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires de Sousa

Confesso a vocês que nem tudo consigo operar em meu lar, pois embora deseje ardentemente, não depende unicamente de mim.
Quando meus filhos eram menores tínhamos o costume de rezar juntos diariamente, mas agora, na juventude consigo ir a missa aos domingos juntos, e me sinto imensamente abençoada por isto, já que conheço inúmeras famílias que ainda não conseguem ir a missa juntos, mesmo que tenham disponibilidade para isto.
Este ano vou enfrentar o desafio do meu filho morar fora de casa para estudar e quando fomos visitar uma das repúblicas de sua lista, ele me apontou:
"Olha mãe, a casa não só é pertinho da Universidade, como tem uma Igreja á três quadras, no domingo que não for para casa, posso ir a missa aqui..."
Meu coração se encheu de alegria, porém, continuo rezando para que ele consiga manter este propósito sempre vivo e não se deixe contaminar pelos que não acreditam na importância da Eucaristia...
Mas é assim mesmo, amados de Deus, vamos lutando sempre, rezando sem cessar, sem desânimo, sendo "auxiliares" de Deus na salvação de nossa família!
Sua fé, sua esperança, seu amor e sua oração salvam, acredite!
Coragem!
PAZ!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Visita da Mãe! Ela me disse que SOMOS VENCEDORES!


Oi amigo de Deus!
A PAZ!
Como já comentei aqui, estou trabalhando em uma escola infantil beneficente e a falta de tempo tem me impedido de escrever com frequência no blog.
Mas confesso que sinto uma enorme falta, parece que sempre fica uma lacuna para traz, algo que deixei de fazer.
Além do trabalho na escola, período integral, faço bijuterias e roupas para vender nas horas vagas, para aumentar a renda, já que meu marido está desempregado.
Trabalho bastante, graças à Deus, não posso reclamar!
Mas mesmo assim, embora Deus esteja provendo a minha vida, as tribulações não deixam de existir e, dia a dia, é uma luta.
Meu marido estando desempregado não é fácil...segunda feira desta semana sai da escola e corri para um Sacrário e disse para Jesus: "Senhor, sem a tua graça não consigo prosseguir, estou cansada, saturada, esgotada, estou no limite! Tem misericórdia e piedade da minha humanidade tão frágil, tão incapaz de amar sem a tua ajuda... E imediatamente a força do alto veio em meu auxílio e fui para casa com paz no coração!"
Ontem conversando com uma companheira do Agapeterapia (consagrada por aliança) comentei que outro dia uma pessoa me falou: "Nossa, você deve ter jogado pedra na cruz!"
Como doeu, amigo de Deus, como doeu! Chorei muito pela minha própria miséria e por perceber que por vezes a minha luta atrai olhares de pena, de desprezo, do tipo: "Onde está seu Deus?" 
Chorei e questionei com o Senhor porque ao meu ver, a luta, a perseverança, a confiança do cristão deveria ser motivo de incentivo para verdadeira conversão e não por desprezo do céu pelo sofrimento que precisamos enfrentar para obtê-Lo.
Eu sei das graças que colho. Eu sei que Deus fala ao meu coração. Eu sei que a "força do alto" vem em meu auxílio sempre...persisto, insisto, continuo o Caminho...Jesus e o seu Reino, este é o desejo sincero do meu coração. Mas o inimigo de Deus não perde a oportunidade para me cutucar..."É assim que te trata o Deus que tanto ama? Até quando permitirá esta vida?"
E o inimigo é esperto e sabe exatamente como nos atingir...Quinze anos esperando a bonança, ela não vem...será que já não era tempo de Deus estender a mão para ti? E todos estes pensamentos foram aflorando o meu coração e passou um pouco parecia que estava com dó de mim mesmo, sabe?
Que loucura!
Logo depois que falei com esta companheira tocou a campainha em casa, eram mais ou menos seis horas, e meu filho disse: "Mãe tem uma moça aí com uma Nossa Senhora na mão."
E a Mãe chegou, graças a Deus! Ela sempre vem em auxílio dos seus filhos!
Esta amiga minha, foi a missa no Santuário das Sete Capelas aqui em Ribeirão Preto e foi sorteada para levar com ela a Imagem de Nossa Senhora das Graças com Santa Catarina, por uma semana e, segundo ela, na mesma hora sentiu que Nossa Senhora queria me visitar. Me falou a Bia que Nossa Senhora disse ao seu coração: "Leve-me a casa da Stela! Quero estar com ela estes dias!"
E que presente, querido irmão, que presente!
Então disse para a família, depois do jantar vou para o altar rezar...Se a Mãe quis vir até aqui, algo ela tem para me falar...preciso de sossego ( porque imagina única mulher no meio de três homens o meu nome é o mais chamado..rsrsrsrs).
E daí, foi uma conversa longa com a Mãe...
Nossa Senhora me disse que muito mais do que reconhecê-La como Senhora e Rainha da nossa vida, Ela  quer que seus filhos persistam no Seu Caminho, nas Suas pegadas,  procurando imitá-La sempre em tudo, no SILÊNCIO, na OBEDIÊNCIA, na HUMILDADE, na CONFIANÇA, no ABANDONO, na FÉ, na SANTIDADE, na PUREZA, na DOCILIDADE, enfim, Ela deve ser para seus filhos não apenas um caminho de graças, mas principalmente um MODELO A SEGUIR.
Então Ela me convidou e agora eu te convido também, a olhar para a nossa vida, para nossas atitudes e escolhas e perguntar:
-Será que a nossa vida faz lembar a presença de Maria? Será que as pessoas que convivem conosco conseguem vê-La em nossa vida, em nosso coração?
Quais virtudes de Maria encontro em mim? O que preciso trabalhar, crescer?
Quais atitudes e decisões que desagradam Maria? Quais atitudes que envergonhariam nossa Mãe? O que precisamos abandonar?
E quanto a mim, quanto a você, será que conseguimos ver Maria em nossa vida? Será que A encontramos em nossa própria história?
Será que as tribulações e dores que nos permite Nosso Senhor passar não acontecem exatamente para que Maria possa aparecer em nossa vida? Porque não é certo que as pessoas que vivem tranquilamente suas vidas, sem maiores dores, dificilmente são imagem de Maria, ou nos levam a lembrança d'Ela?
Então Nosso Senhor me explicou sobre a questão da vida do Cristão muitas vezes não atrair olhares benéficos:
"Por isso, Senhor Deus, considero como um grande favor não ter muitos desses bens exteriores que atraem a admiração dos homens, e assim, considerando cada uma sua própria indigência e miséria, longe de conceber penas, tristeza e desalento, deve, ao contrário, sentir grande alegria e consolação. Porque vós, meu Deus, escolhestes os pobres e desprezados do mundo para vossos familiares e servos." (Imitação de Cristo, pag, 214)
Também me falou sobre os bens espirituais que Ele oferece aos seus filhos prediletos e como estes bens são muitas vezes caros aos olhares humanos:
"A quem muito se deu, muito será pedido, e a quem muito se houver confiado, mais, será reclamado." (Luc 12, 48a) 
E, por último, falou-me Nosso Senhor sobre o sofrimento:
"Jesus deu-me a conhecer como tudo depende da Sua vontade, dando-me assim uma profunda tranquilidade quanto a toda essa obra.
-Ouve, Minha filha! Embora todas as obras que surgem de Minha vontade estejam sujeitas a grandes sofrimentos, reflete se alguma delas esteve sujeita a maiores dificuldades do que a obra diretamente Minha - a obra da Redenção. Não deves preocupar-te demais com as adversidades. O mundo não é tão forte como parece; sua força é estritamente limitada. Deves saber, Minha filha, que, se a tua alma estiver repleta do fogo do Meu puro amor, então todas as dificuldades sumirão como a neblina perante os raios do sol, e não ousarão importunar uma alma assim. Todos os adversários têm medo de enfrentá-la, porque sentem que essa alma é mais forte do que o mundo inteiro... " (Diário Irmã Faustina, tomo 1643)
Então, querido de Deus, quer ser mais forte do que o mundo inteiro?
Te dou a fonte: O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS tão apaixonado, tão cheio de amor por Ti, quer te revestir desta FORÇA IMBATÍVEL!
Um conselho:
Faça uma boa confissão. Reconheça suas misérias e entregue-as para Deus, Ele sabe o que fazer com elas...reconheça-se pobre, necessitado da graça, necessitado do Amor de Deus...abra as portas do teu coração!
Faça isto já!
Não perca mais tempo com murmúrios e "dó de si mesmo", em Deus eu te garanto: VOCÊ É UM VENCEDOR!
PAZ!