Ó Sagrada Face de Jesus, compadecei-vos de nós e do mundo inteiro!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A importância das indulgências!


Amado de Deus, que bom que entrou neste blog...Jesus quer falar ao seu coração...ouça!
O céu deve ser o desejo maior do nosso coração, a meta de nossas atitudes, o norte de nossas escolhas. 
Neste domingo, a liturgia nos ensinou que "desde o princípio Deus criou o homem e o abandonou nas mãos de sua própria decisão" (Eclo, 15,14) e que "colocou diante do homem a vida e a morte e ser-lhe-á dado o que preferires"(Eclo,  15,17).
Sendo assim, se preferimos o céu, o céu nos será dado!!!
Eu te pergunto hoje, em sua vida o que tem plantado: céu ou inferno? vida ou morte?
Preferir o céu implica em cumprir o que o Senhor nos pede, é o que nos ensinou São Paulo na segunda leitura "Quanto a nós, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que vem de Deus, afim de que conheçamos os dons da graça de Deus." (1Cor 2,12).
Então, alegre-se, Deus não nos deixou só, contamos com a ajuda do Espírito Santo para fazer as escolhas acertadas, para escolher o céu!
E este mesmo Espírito Santo é quem inspirou a Igreja nas indulgências parciais e plenárias que nos ajudam tanto na busca do céu e, ainda, das quais podemos oferecer aos nossos familiares amigos que já faleceram afim de diminuir o seu purgatório.
Quando escolhemos a morte, isto é, o pecado, rompemos com Deus e com o céu. Entretanto, quando o arrependimento assola o nosso coração, podemos contar com a Misericórdia de Deus, infinitamente bom, que está sempre de braços abertos e estendidos esperando a reconciliação.
Vale dizer que Deus deseja que TODOS OS SEUS FILHOS ALCANCEM O CÉU!
"Não ordenou a ninguém ser ímpio e não deu a ninguém licença de pecar" (Elco 15,20)
Recorrendo a confissão e alcançando o perdão de Deus, relativamente a nossa atitude de morte, ou de pecado, nós eliminamos a nossa culpa, porém não a pena, que deverá ser cumprida no purgatório. Melhor dizendo, o pecado confessado me livra da culpa mas não da pena. Cada pecado, mais purgatório...e assim vai...
Mas como posso ficar livre da pena? É possível através desta vida terrena diminuir ou até eliminar o purgatório, já que é quase impossível, na minha humanidade,  não pecar?
Fique aliviado, amado de Deus, a resposta é SIM, através das indulgências da nossa Igreja, grande dádiva de Deus!
Chegando próxima a quarta feira de cinzas, que dá inicio a quaresma, tempo propício para se fazer indulgências, é que resolvi postar um artigo que li no site www.recadosaarao.com.br e que transcrevo agora para melhor esclarecer sobre a grande importância que tem as indulgências para nossa caminhada para o céu!
Espero que seja útil ao seu esclarecimento!


PAZ!




ESTIMA PELAS INDULGÊNCIAS 
(Padre Faber) 
 
            “(...) Há ainda um assunto que reclama a nossa atenção enquanto nos ocupamos da oração vocal. Um homem dado à oração vocal está em grande parte à mercê dos livros de orações. A escolha das devoções preferidas é, portanto, de grande importância, e que devoções podemos escolher com mais segurança do que as aprovadas pela Igreja e por ela indulgenciadas? 
 
            Há uma grande relação entre as indulgências e a vida espiritual; e o emprego das devoções indulgenciadas é, pois, a pedra de toque pela qual reconhecemos de modo quase infalível um bom católico.
 
            Segundo Santo Afonso, para tornar-se santo basta ganhar todas as indulgências possíveis, e São Leonardo de Porto-Maurício tem mais ou menos a mesma opinião. As revelações particulares e aprovadas dos Santos projetam uma luz importante sobre esta matéria. Santa Brígida foi suscitada em grande parte, como ela mesma diz, para propagar a glória das indulgências; e assim Santa Maria Madalena de Pazzi viu almas castigadas no Purgatório somente por havê-las menosprezado. 
 
            Há na vida espiritual o que chamarei as oito bem-aventuranças das indulgências. 
 
            Em primeiro lugar, por terem relação com o pecado, com a Justiça de Deus e com a pena temporal devida ao pecado, as indulgências conservam em nós certos pensamentos que pertencem à fase da purificação, o que para nós é salutar, embora desejemos com impaciência ir adiante e livrar-nos deles.
 
            Em segundo lugar, produzirão em nós a feliz disposição de nos afastar deste mundo: conduzem-nos a um mundo invisível; cercam-nos de imagens sobrenaturais; infundem em nosso espírito uma ordem de idéias que nos desapega das coisas mundanas e exprobra os prazeres terrestres. 
 
            Em terceiro lugar, guardam continuamente diante de nós a doutrina do Purgatório, e assim nos obrigam ao constante exercício da fé e ao mesmo tempo nos sugerem motivos de um santo temor. 
 
            Em quarto lugar, fazem-nos praticar para com os fiéis falecidos o exercício da caridade, que facilmente chegará ao heroísmo, estando assim ao alcance dos que não podem fazer outras esmolas, e produz deste modo em nossa alma os efeitos que acompanham as obras de misericórdia. 
 
            Em quinto lugar, a glória de Deus tem muito interesse nas indulgências, por uma dupla razão: porque libertam as almas do Purgatório, apressando a sua entrada na corte celestial, e porque patenteiam especialmente algumas das perfeições divinas, tais como Sua infinita pureza, Seu ódio ao pecado ainda mesmo ínfimo, e o rigor da Sua justiça, aliada à mais engenhosa misericórdia. 
 
            Em sexto lugar, elas prestam homenagem às satisfações que Jesus ofereceu por nós. São para estas satisfações o que para os Seus méritos é a doutrina de que todo pecado não é perdoado senão devido a Ele. Portanto podemos dizer que, aproveitando d’Ele e dos Seus méritos o mais possível, as indulgências realçam a copiosidade da Redenção. Honram também as satisfações da Virgem Maria e dos Santos, de modo a honrar mais ainda a Jesus. 
 
            Em sétimo lugar, elas nos dão uma idéia mais séria do pecado e aumentam o horror que lhe temos. Com efeito, as indulgências lembram-nos constantemente a verdade de que o castigo é devido mesmo ao pecado perdoado, que este castigo é terrível ainda mesmo que seja apenas por algum tempo, e que só é possível livrar-nos dele pelas satisfações de Jesus. 
 
            Em oitavo lugar, elas nos mantêm em harmonia com o espírito da Igreja, o que é de suma importância para os que se esforçam por levar uma vida devota e caminham entre as dificuldades do ascetismo e da santidade interior. Depreciar as indulgências é um sinal de heresia, e o ódio que esta lhes vota é um indício de que o demônio as detesta, e isto mostra o valor do poder delas diante de Deus e da sua aceitação por parte d’Ele. Elas estão envolvidas em tantas particularidades da Igreja, desde a jurisdição da Santa Sé até à crença no Purgatório, nas boas obras, nos santos e na satisfação [das penas devidas ao pecado], que são, de certo modo, o sinal inconfundível da nossa ortodoxia [isto é, da nossa catolicidade]. A infeliz história dos erros que a Igreja sofreu a respeito da vida espiritual nos mostra que, para sermos verdadeiramente santos, devemos ser verdadeiramente católicos e católicos romanos, pois fora de Roma não pode haver nem catolicismo, nem santidade alguma. 
 
            Além do que, as devoções indulgenciadas oferecem em si a seguinte vantagem: temos certeza de que são mais que aprovadas pela Igreja. Sabemos que no mundo numerosas almas piedosas as empregam todos os dias, e unindo-nos a elas participamos mais inteiramente da Comunhão dos Santos e da vida da Igreja, que constitui sua unidade. Por todas as razões que enunciei, o emprego das indulgências espiritualiza cada vez mais a nossa alma a aviva a nossa fé. Elas nos levam a rezar como quer a Igreja e sobre assuntos por ela indicados, e assim podemos alcançar muitos fins ao mesmo tempo. Pois pelo mesmo ato não somente rezamos, como fazemos ato de veneração às chaves da Igreja, honramos a Jesus, Sua Mãe e os Santos, evitamos o castigo temporal que nos é devido, ou, o que é ainda melhor, libertamos os mortos [do Purgatório] e assim glorificamos a Deus. Podemos ainda verificar que, ao percorrermos as devoções indulgenciadas, transferimos para o nosso espírito muita doutrina tocante, que serve de alimento à oração mental e a um amor cheio de reverência. 
 
            Tomemos um exemplo. Não posso conceber que um homem seja espiritual se não tem o hábito de rezar o terço, que pode ser chamado a rainha das devoções indulgenciadas. Em primeiro lugar, considerai a importância do Rosário como sendo uma devoção própria da Igreja, imprimindo em nossa alma um caráter particularmente católico, conservando perpetuamente em nosso espírito a lembrança de Jesus e de Maria, e como sendo um precioso auxílio para alcançarmos a perseverança final, se o recitarmos com fidelidade, como no-lo provam diversas revelações. Considerai, em seguida, que São Domingos o instituiu em 1214, inspirado por uma visão, com o fim de combater a heresia, e considerai o êxito que o consagrou. (...)
 
            Nada desejaria dizer que pudesse restringir qualquer devoção. Todavia, considerando bem todas as coisas, quando a Igreja indulgenciou um tão grande número de orações e devoções, por que recorrer a outras orações vocais em vez de procurar as indulgenciadas?”
 
 
            (FABER, Padre Frederick William [1814-1864], in: O PROGRESSO NA VIDA ESPIRITUAL, tradução de Marianna Nabuco, Editora Vozes, Petrópolis: 1924, páginas 278-282, grifos nossos)(Gentileza Rodrigo)

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