O Senhor está perto de quem o invoca!

Quinta feira passada ao chegar a Igreja para nossa tarde com Jesus, levei um susto quando me deparei com uma corda passada impedindo a passagem para o altar...pensei logo que talvez tivessem feito manutenção no mármore do altar, com sinteco ou algo parecido, o que estaria  impedindo de chegar junto ao Sacrário...
Procurei o Ademir e perguntei o que estava acontecendo...e ele me deu a difícil e triste noticia de que o Padre havia dado esta ordem e que estávamos (todos os fiéis) proibidos de subir até o Sacrário, tocá-Lo...
Normalmente colocamos nossos pedidos em cima do altar e muitas pessoas que passam por alí tem o costume de tocar o Sacrário..dá para se notar a olho nu que o Sacrário está mais gasto de um lado devido aos toques dos fiéis devotos e necessitados de Jesus...
No meu coração pensei logo que Jesus deixava-se tocar pela multidão, andava no meio do Povo e não impedia ninguém de O tocar....o que está acontecendo com nossa Igreja?
Então Ademir me explicou que algumas pessoas estavam abusando, deitavam no chão e dormiam, literalmente, em baixo do altar e que o Padre entendia como um "escândalo" para outros fiéis que pudessem se dirigir a Capela para rezar...pensei que Padre poderia ter chamado a pessoa deitada e advertido que não era mais permitido esta atitude no altar, mas de jeito nenhum proibir uma comunidade que há tantos anos tem o costume de tocar o Sacrário...
Mas obediente, peguei na Sacristia uma cadeira, coloquei-a diante da corda, com o Ciro Pascal aceso e os pedidos para serem colocados ali....conforme minhas irmãs chegavam, da mesma forma levavam susto e uma chegou até a chorar por estar impedida de tocar o Sacrário...
Mas Jesus foi lindo esta tarde, falou como um Pastor Fiel e nos consolou com lindas Palavras e em nosso coração  deixou claro que não é uma corda que irá impedir de tocarmos o Nosso Senhor, pois Ele está perto, está próximo de quem O invoca e O deseja de todo o coração, com toda a força e com toda alma...
Então ajoelhada percebi que o Ciro tinha se apagado, levantei e acendi e assim aconteceu várias vezes, até que Nosso Senhor, em meu coração, perguntou: "Está difícil manter a chama acesa, Filha?" e eu levantei novamente e em meu coração disse: "Não tem importância Senhor, quantas vezes for preciso levantarei para acender!"...então novamente o Senhor tocou o meu coração: "Esta vela não importa tanto, mas a do seu coração é que precisa ficar acesa sempre...aí estarei contigo, serei sua luz, iluminarei seus caminhos"...
Então percebi a relação que Nosso Senhor pretendia com o impedimento de tocar o Sacrário e a vela material, o ciro que procurava manter aceso, e que cada vez que comungo, meu coração é o Sacrário e que lá Deus está comigo, está presente, é um em mim....e que não adianta o mundo investir em "apagar" a vela, com ventos impetuosos, se o meu coração deseja mantê-la acesa, assim ela ficará....nada e ninguém pode com o nosso SIM, sincero, verdadeiro, fiel....não é uma corda que impedirá de tocar o Sacrário, de ter a chama acesa,  pois a Santíssima Trindade estará presente em meu coração todas as vezes que eu desejar com sinceridade...
Aí resolvi partilhar com as irmãs, e utilizei do exemplo da vela, como forma que eu, muitas vezes, uso para mostrar as crianças o mistério da Santíssima Trindade: A parafina: Deus Pai, que sustenta....o pavio: Jesus, que se deixa consumir...o fogo: O Espírito Santo...que consome, que dá luz, que faz a vela cumprir a sua missão "de iluminar"....em nosso coração, todas as vezes que comungamos, estão presentes todas as pessoas da Santíssima Trindade, porque é Um Só Deus em pessoas Três....mas, assim como precisamos acender a vela, a nossa ação humana é necessária para manter acesa a chama da fé e a presença da Santíssima Trindade em nosso coração...a vela só é acesa por nossa iniciativa, então, também a presença de Deus em nós também depende de nossa iniciativa de desejar, de invocar, de buscar, do nosso SIM e que nada, nem ninguém poderá apagar a chama acesa com o nosso SIM!
Em meu coração, ainda, meditei que cada vez que eu ver uma vela pense em Jesus, no seu amor, na chama que devo manter acesa e suplique o fogo do Espirito em meu coração, em minha vida que deseja ser consumida pelo "fogo do Espírito", então devemos rezar sempre: "Jesus eu Vos Amo, Vos Adoro, Vos Creio e Vos espero"...cada vez que ver uma vela cujo pavio nunca foi aceso, pense com tristeza quantas pessoas ainda estão sem cumprir a sua missão neste mundo, no corpo de Cristo, porque não tomam a inciativa de desejar receber o "fogo do Amor" de Deus...e aí interceda por estes: "Jesus, peço-vos perdão por aquele  que não Te amam, não Te adoram, não crêem e não Te esperam...."
Não é lindo?
Vamos pedir? Vamos trabalhar para manter a nossa chama acesa?
"Jesus querido, Pastor fiel, sou tua ovelhinha tão bobinha, tão ceguinha, preciso muito de Ti, quero te-Lo em meu coração sempre, com a força do Espírito Santo, quero ser uma a Sua Imagem e Semelhança...veja o meu pequeno coração como precisa da Tua Luz, quero manter a chama da fé acesa, sempre...Jesus eu Confio em Vós! Sim Jesus,  "só por Ti quero me consumir como vela que queima no altar...me consumir de amor!"
Pesquisei e encontrei uma orientação no site Catolica.net , segue então, para seu esclarecimento:

" Existe proibição canônica, para os leigos, de subir ao presbitério e tocar com a mão a porta do sacrário?
    Não. Em relação aos lugares sagrados, as normas canônicas apenas estabelecem que eles se destinam especificamente ao culto ou a outras atividades que favoreçam a piedade dos fiéis, proibindo-se “tudo quanto for destoante da santidade do lugar” (cânon 1210). O resto fica por conta do bom senso e das orientações litúrgicas.
    Quanto ao sacrário, as normas determinam os locais (igrejas e capelas) em que é permitido conservar as hóstias consagradas, e, além de definir a sua localização ideal, estabelecem também que ele deve ser fixo, construído com matéria sólida e não-transparente, e deve poder ser fechado de modo seguro, evitando-se o perigo de arrombamento e profanação (cânon 938, §3).
    O que precisa ser protegido, portanto, é o conteúdo do sacrário, e não o sacrário em si. O fato de tocar no sacrário não infringe nenhuma regra, mas também não tem nenhuma utilidade devocional. Nossa atenção deve concentrar-se em Jesus que está no sacrário, e não na matéria do sacrário."


Fiquem em PAZ!