Amados irmãos, depois de passar alguns dias no Agapeterapia, na presença constante de Jesus Eucarístico, me deparo com este texto escrito por Santo Afonso Maria de Ligorio, que benção!
E posso afirmar por experiência própria quanto Jesus opera nos homens e mulheres que se dispõe a permanecer com Ele, um pouquinho que seja, na Eucaristia...
Por isto eu te convido: VOLTE A ADORAR, VOLTE A VISITAR NOSSO SENHOR NA EUCARISTIA, VALORIZE CADA MOMENTO EM SUA PRESENÇA, DEIXE-SE SER MUDADO POR ELE...
Não despreze tanto AMOR...
Busque, se possível, a Eucaristia diária, sustento para sua vida, é o combustível de amor necessário para ser feliz e completo...
Decida-se assim, e Jesus fará o resto...
PAZ
Desiderio desideravi hoc Pascha manducare vobiscum, antequam
patiar ― «Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes que
padeça» (Luc 22, 15).
Sumário. Nenhuma abelha esvoaça com tanta avidez sobre as
flores para lhes sorverem o mel, como Jesus vai morar nas almas que o desejam.
Eis porque no Evangelho nos convida tantas vezes a que nos aproximemos dele na
santa Comunhão. Faz tantas promessas e tantas ameaças, para manifestar o grande
desejo que tem de unir-se conosco. Que ingratidão, pois, se não correspondemos
a tão grande amor!
I. Jesus Cristo chama hora sua a noite em que devia começar
a sua paixão. Mas como é que pode chamar uma hora tão funesta a sua hora? É
porque foi a hora por ele almejada em toda a sua vida, visto que havia
determinado que naquela noite havia de nos deixar a santa Comunhão, destinada a
consumar a sua união com as almas diletas, pelas quais devia em breve dar o
sangue e a vida. Eis aqui o que naquela noite Jesus disse a seus discípulos:
Desiderio desideravi hoc pascha manducare vobiscum ― «Tenho desejado
ansiosamente comer esta Páscoa convosco». Palavra pela qual o Redentor nos quis
dar a entender o desejo ansioso que tinha de unir-se conosco neste santíssimo
Sacramento de amor: desiderio desideravi ― «desejei ansiosamente»; estas
palavras, diz São Lourenço Justiniani, saíram do Coração de Jesus abrasado em
imenso amor.
Ora, a mesma chama que então ardia no Coração de Jesus,
ainda está ardendo ali até ao presente; e a todos nós renova o convite feito
então aos apóstolos de o receberem: Accipite et comedite, hoc est corpus meum
(Mt 26, 26) ― «Tomai e comei: isto é o meu corpo». Além disso, para atrair-nos
a recebê-lo com amor, promete o paraíso: Qui manducat meam carnem, habet vitam
aeternam (Jo 6, 55) ― «Quem como a minha carne, tem a vida eterna». No caso
contrário ameaça-nos com a morte eterna: Nisi manducaveritis carnem Filii
hominis, non habebitis vitam in vobis (Jo 6, 54) ― «Se não comerdes a carne do
Filho do homem, não tereis a vida em vós».
Estes convites, estas promessas, estas ameaças nasceram
todas do desejo que tem Jesus Cristo de se unir conosco na santa comunhão, e
este desejo nasce do amor que nos tem. «Não há abelha», disse um dia o Senhor a
Santa Matilde, «que com tanta avidez esvoace sobre as flores para lhes sorver o
mel, como eu anseio entrar nas almas que me desejam». Porque Jesus nos ama,
quer ser amado de nós, e porque nos deseja seus, quer ser desejado, como diz
São Gregório: Sitit sitiri Deus. Bem-aventurada a alma que se aproxima da mesa
da comunhão com grande desejo de se unir a Jesus Cristo!
II. Adorável Jesus meu, não podeis dar-nos maiores provas de
amor par anos fazer compreender quanto nos amais. Destes vossa vida por nós;
ficastes no Santíssimo Sacramento, para que venhamos aí alimentar-nos de vossa
carne, e quão grande desejo tendes que Vos recebamos! Como podemos ser
sabedores de tantas finezas de vosso amor, sem ficarmos abrasados no vosso
amor? Longe de mim, afetos terrenos, saí de meu coração; vós é que me impedis
de arder por Jesus como ele arde por mim. Ó meu Redentor, que outros
testemunhos de afeto posso eu ainda esperar, depois dos que me tendes dado? Por
meu amor sacrificastes a vossa vida inteira; por meu amor abraçastes uma morte
tão amarga e ignominiosa; por meu amor chegastes, por assim dizer, a
aniquilar-Vos, reduzindo-Vos na Eucaristia a estado de alimento, para Vos
dardes todo a mim. Ah, Senhor! não permitais que eu seja ingrato a tão grande
bondade.
Graças vos dou pelo tempo que me concedeis para chorar
minhas ingratidões e Vos amar. Arrependo-me, ó soberano Bem, de ter tantas
vezes desprezado o vosso amor. Amo-Vos, ó Bondade infinita; amo-Vos, ó Tesouro
infinito; amo-Vos, ó Amor infinito, digno de infinito amor. + Jesus, meu Deus,
amo-Vos sobre todas as coisas. Por piedade, ajudai-me, ó meu Jesus, a banir do
meu coração todos os afetos que não são para Vós, para que daqui por diante não
deseje, não busque e não ame senão a Vós. Meu amado Redentor, fazei com que eu
Vos ache sempre e sempre Vos ame. Apoderai-Vos de toda a minha vontade, para
que queira somente o vosso beneplácito. Meu Deus, meu Deus, a quem então
amarei, se não amo a Vós em quem se encontram todos os bens? Só a Vós quero, e
nada mais. ― Ó Maria, minha Mãe, tomai meu coração e enchei-o de perfeito amor
a Jesus. (II 406.)
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